Precisa muita serenidade para ver o tempo
avançando, assim como alguém montado em uma bicicleta que se lança
ladeira abaixo, nem freiando para ele se deter.
No outono as folhas amarelam e caem, o vento corta o rosto no final do dia e as noites já esfriam nosso descansar.
Uma mulher também outona, perde o viço, as cores mudam no cabelo, na
pele, nas entranhas. Por vezes não atrai mais, não sangra mais, não
deseja como antes.
Uma mulher que se conhece pode passar por este
tempo numa eterna primavera, se mantiver seu corpo em movimento, seu
cérebro em pensamento e seus beijos na ponta da boca.
quarta-feira, 27 de março de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
Com a chuva na janela
Um gole após o outro eu vou sorvendo desta bebida gelada,
Que espalha por onde passa um frescor que me devassa.
Uma lágrima após a outra, eu vou curtindo este choro contido,
Que limpa por onde escorre, na minha pele onde passa.
Um passo após o outro eu vou correndo nesta avenida,
Que compete com meu compasso e me deixa embevecida.
Se é dia ou se é noite, eu não posso saber,
Estou toda concentrada
Em cuidar do meu viver.
Um gole após o outro eu vou sorvendo desta bebida gelada,
Que espalha por onde passa um frescor que me devassa.
Uma lágrima após a outra, eu vou curtindo este choro contido,
Que limpa por onde escorre, na minha pele onde passa.
Um passo após o outro eu vou correndo nesta avenida,
Que compete com meu compasso e me deixa embevecida.
Se é dia ou se é noite, eu não posso saber,
Estou toda concentrada
Em cuidar do meu viver.
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