domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um poema meu que eu especialmente gosto

PARALELO

Paralelo...
Lado a lado 
Caminhando
Paralelo...
Um carinho 
A lembrança 
Presente o amor
Ausente o olhar
O toque, o sabor 
Paralelo... 
Nana, nana
Cuida de mim
Longe onde estiveres 
Um dia, enfim 
Paralelo...


Muitas vezes é preciso ler nas entrelinhas para entender. Bom domingo. Angelina





Nada será como antes

Sobre os acontecimentos no mundo.
O que impele cidadãos normais a enfrentar as tropas que atiram indiscriminadamente contra eles? O que dizer de governantes que matam seus cidadãos desarmados que pacificamente clamam uma mudança que lhes dê dignidade, liberdade e justiça? Como aceitar que em pleno século XXI milhões de pessoas vivam em condições degradantes, sócio-cultural e materialmente falando, sem o direito nato de ir e vir, sem serem donas de seu próprio livre-arbítrio? Parece que finalmente chegou a ora de uma chacoalhada geral. O momento em que pessoas subjugadas e esmagadas, possam manifestar sua força una, a vontade de dar um basta em desmandos, corrupção e violação dos direitos humanos. Neste momento, está sendo de muita valia a Internet, como um fator que multiplica ideias e reivindicações: “A utilização focada e correta das redes sociais se encontra na origem do sucesso de todos os movimentos que estão riscando de vez do mapa ditadores vitalícios, governantes medievais que tratavam a maioria da população como gado, como escravos, como seres descartáveis” (http://somostodosum.ig.com.br
A Terra passa por uma era de intensa transformação, Tunísia, Egito, Bahrein e Líbia, vivem momentos históricos, algo sem precedentes. O Universo nos mostra que é chegada a hora. O grito de dor dos oprimidos é forte e está dando a volta ao mundo, sendo ouvido por toda parte. Só quem se coloca acima dos demais, achando-se superior insiste em não querer ouvirdostgada s humanos com vontade e conscientes de seus direitos e sua força unidos.A História corre a passos largos, nada será como antes e todos somos convidados a fazer nossa parte.
Temos que entender como positivos esses acontecimentos que surgem, entendendo a mensagem que o Universo nos manda: uma injeção de ânimo e esperança para aqueles que se sentiam esmagados pelo isolamento, pelas infinitas injustiças e pela tirania reinantes. Precisamos valorizar mais nossa missão, entender a nossa caminhada como parte de um plano superior que visa recolocar Luz e ordem no caos, espalhando boas novas e bem-aventurança, devolvendo beleza e harmonia a tudo o que existe.
Pessoas livres e despertas conseguirão fazer do mundo um lugar de paz, de amor e de felicidade. “Somos todos um só, somos muitos e estamos nos reencontrando, resgatando os valores da Unidade, da Fraternidade, da Verdade que liberta, dispostos a realizar com honradez, coragem e determinação o que nos cabe por direito divino” (http://somostodosum.ig.com.br )
 Para quem quiser ler na íntegra o texto em que me baseei para postar, indico o site http://somostodosum.ig.com.br , que tem sido de muita ajuda na minha busca por um mundo (interno e externo) melhor.
Namastê (O Deus que existe em mim saúda o Deus que habita em Você).

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Semear

Mais uma postagem para indicar o blog da minha querida amiga Isa, que anda, há algum tempo, semeando bondade e gentileza: http://livrosemeando.wordpress.com Entrem e confiram.
Bj Angelina

Um poeminha das antigas

Meu colega Éder, do curso de Letras Ead, disse que eu sou modesta em chamar meus poemas de "poeminhas", mas eu tenho um carinho por eles, e nenhuma pretensão de que sejam elevados à categoria maior. 
Este que estou colocando aqui hoje, é das antigas, escrito por uma Angela bem jovem, que tentava deixar de ser agressiva para ser serena. Quanto tempo levou para atingir esse ponto. Não sou mais tão agressiva, nem tão serena quando gostaria de ser. Mas gastar energia em quem você gostaria de ser, acaba prejudicando a pessoa que você é. 

              GOTA

O véu da sereira que cobre o luar
É feito de renda da espuma do mar
Deixa de longe teu corpo surgir
Corpo que dança nas gotas da onda 
E corpo que dança é corpo que aquece 
Corpo que tece a onda do mar
Caindo e molhando é gota que vai 
Subindo e descendo é onda que vem 
A onda faz cor, faz festa, te molha 
Sai gota da onda que molha 
A tua gota molha a boca suave 
Fica doce na boca que cala 
Vira gota de mel na minha boca.








quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma promessa

Leiam este poema, que parece uma proposta tentadora. Tentem adaptá-lo aos dias de hoje, imaginando um enamorado prometendo para sua noiva tudo de bom que ela viverá casando-se com ele, mas não esqueçam do dito popular: " uma mulher casa-se com um homem achando que ele irá mudar e um homem casa-se achando que a mulher nunca irá mudar".

                                              Casa-te 

Fico triste quando não te vejo. Casa-te, por que não? E vem viver comigo.Eu te farei tão feliz quanto possa. Não precisarás trabalhar muito; e, quando estiveres cansada, poderás recostar em meu colo e eu cantarei para que descanses... Tocarei para ti uma melodia ao violino quantas vezes me pedires e tão bem quanto eu possa: e largarei de fumar, se o quiseres... Creio que eu sempre seria muito bom para ti, porque te amo muito. Não te farei trazer água e madeira, nem alimentar o porco, nem ordenhar a vaca, nem ir aos vizinhos pedir leite emprestado. Queres te casar?

(carta de um pretendente norte-americano, século XIX - retirado do livro A linguagem do amor Penhaligon´s tesouro perfumado em prosa e verso - Ed. Melhoramentos)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O tempo vai passando

Oi, hoje vou colocar a letra de uma música que expressa a fase (faixa etária) que me encontro. Quando o cabelo branqueia, a pele tem rugas, o corpo já não tem tanta agilidade, flexibilidade, e resistência. Quem se identificar, que se sinta como eu: feliz por ter chegado aqui inteira, saudável e com muita história pra contar. Angelina

Caras Como Eu (Composição: Tony Bellotto)

Caras como eu
Estão ficando raros
Como cabelos ralos
Que se partem e caem pelo chão

Caras como eu
Estão tirando o pé
Andando em marcha-ré
Com medo de entrar na contramão

Como trens do interior
Que não chegam no horário
Como velhos elefantes
Que morrem solitários

Caras como eu
Estão ficando chatos
Como solas de sapatos
Que se gastam
Com o passar do tempo

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento
Não vou mais tentar matar o tempo

Como palavras de amor
Que não se guardam em disquetes
Como segredos sem valor
Que a gente nunca esquece

Caras como eu
Estão ficando velhos
Calçando os seus chinelos
Concluindo que não há mais tempo

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento
Não vou mais tentar matar o tempo

Não vou mais medir o tempo
Não vou mais contar as horas
Vou me entregar ao momento
Não vou mais tentar matar o tempo


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Missing you

Missing you é uma tentativa de traduzir a palavra saudades. O sentimento se explica e se vive, mas a palavra não se traduz. A maior saudade que se pode sentir é de alguém que já partiu para a outra vida, digo, que morreu. Eu não sabia que doía tanto essa saudade, mas eu vivo isso há 5 meses, e quem já viveu ou vive, sabe do que estou falando. Mesmo com todo preparo de tantos estudos que fiz, livros que li, pessoas que ouvi, nada consola e nada apaga. A dor da perda aumenta muito logo após a partida da pessoa querida, mas depois ameniza, mas a saudade, essa é insuperável. Nesse estágio, minha dor já atingiu o máximo e estacionou, não tem como doer mais. A saudade não, ela só aumenta. Tudo que faz lembrar a pessoa that I miss, makes me feel sad. Agora não dá mais vontade de chorar, mesmo sabendo que nunca mais vou atender o telefone e alguém vai dizer "arô, escuite". Por isso, fica a frase do dia " é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã..."

Para aqueles que já viveram, vivem e viverão...

O grande amor

Tem que existir um amor que nos faça sentir 
Um certo arrepio na coluna, um frio na barriga, 
Um riso sozinho, nervoso.
Quando o telefone toca, 
Quando chega uma carta, 
Quando ouve-se uma voz.
Deve-se amar muito 
Uma pessoa que não sai do pensamento, 
Uma voz que enternece, 
Um beijo que não se esquece, 
Um olhar que enlouquece.
Podem vir quanto amores vierem, 
Paixões, corações partidos,  
Amores que viram amigos 
E o contrário também.
Existe apenas um que nos toca por dentro,
Que vasculha o coração 
E instala-se no canto mais especial,  
Guardado para todo o sempre. 
O amor verdadeiro nem sempre é o que se pode viver
E assumir e manter, 
Mas tem que ser ele o grande amor que nos leva a viver.

Tenham todos um grande amor, que seja possível ou improvável, que seja por si mesmo ou por um próximo, mas amem antes de qualquer coisa.







 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Um poeminha meu

ORAÇÃO

Para melhorar essa coisa triste que às vezes se abate sobre mim.
Para saber o que é isso que nem eu mesma tenho noção.
Uma angústia
Um vazio 
Uma solidão 
Um medo de tudo
Uma porção de dúvidas 
Uma inquietação
Um olhar em volta
Para ver se volta
A minha emoção
Se volta o riso
O olhar, o sorriso
A satisfação
Para aliviar essa coisa doída
Uma ferida que não quer sarar 
Uma fuga
Uma luta
Para não se entregar 
Uma mão na outra 
Um olhar aos céus 
Uma maneira de rezar 
Pedir coragem 
Rogar a fé 
Agradecer a vida 
Que vier











quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Espiritualidade é tudo

Hoje um assunto com o qual me identifico muito e sinto necessidade de ler sobre e de conversar: espiritualidade, que nada mais é do vivermos a nossa essência, que é o espírito.
Deixo aqui uma mensagem de Joana de Angelis, que quando li pela primeira vez foi como um soco no estômago, me chamando para a realidade do momento que eu vivia.

"Tombaste no derradeiro desânimo porque considerava a fé como rotulagem desagradável e pouco te empenhaste no estudo e observância das questões do espírito, que redundaram em anarquia emocional e desestímulo nos centros vitais do mundo psico-físico."

É que para quem não sabe, eu não sou sempre essa flor bonita, na maioria das vezes eu sou uma planta cheia de espinhos, que não permite que se aproximem, mas que no fundo gostaria de ser admirada e ter seu perfume espalhado, para agradar o dia dos que convivem comigo.

Não sei quem está me lendo, independente, eu sigo escrevendo. Beijos. Angelina (not the Jolie one)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A poesia e a doçura de uma mulher

Para quem não conhece, eis aqui um lindo poema da doce e intensa Cora Coralina, nossa grande poeta. Lição que ela nos deixou: nunca é tarde para expor seus dons.


Saber Viver (Cora Coralina)


Não sei...Se a vida é curta
Ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.


Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.


E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...Enquanto durar.


Assim já nos dizia o "poetinha" Vinicius de Moraes, em seu soneto da Fidelidade "... que seja eterno enquanto dure... " -falava ele do amor que tinha.


Quero agradecer às amigas que visitaram meu blog e estão me dando força para seguir neste sentido, de expor e abrir meus escritos. Dorly, Isa, Ester, Branca, obrigada queridas.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Um dos meus escritos

SEI

Bem sei que nada sei
E de tudo que sei
Nada eu sei
Sem saber que serei eu 
A descobrir 
A investigar 
A instigar
A procurar
A estudar 
E afirmar que o que sei 
Eu sei que sei
Porque vivi
E vivi aqui, ontem, há tempos 
Com aquilo que sei
E o que sei adquiri onde vivi
O que fui e o que de novo serei
E não sei o que vai ser
Mas melhor serei
Eu sei








Aprendendo com quem sabe

Para escrever é preciso, antes de tudo, ler. Ler saboreando, ler entendendo, ler entrando nas palavras. Eu leio por gosto e vontade, mas se estou sem vontade, a leitura não flui. Aprendi a ler com grandes escritores, com livros dos quais lembro sempre antigos, com cheiro de velhos, amarelados. Coloco aqui um trecho que um grande professor para quem quer saber escrever, cujos romances/contos me transportaram pela minha adolescência ao mundo acolhedor da leitura e incitaram meu gosto pela escrita: Machado de Assis. As linhas que reproduzo aqui são de "Dom Casmurro" que estou relendo e me encantando, do capítulo XXXII, onde ele descreve os famosos olhos de ressaca de Capitu. Trata-se da ressaca do mar e não da ressaca de quem bebeu demais e secou de tanto álcool, como muitos poderiam supor. Leiam e percebam, se conseguirem, a poética do bem escrever.
"Retórica dos namorados dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu... Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá a ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me..."

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O que estou lendo

Leio. Divido meu tempo entre mais de um livro. No momento estou lendo "Lembranças que o vento traz" - romance psicografado por Mônica de Castro, ditado pelo espírito Leonel. Uma história leve, que relacionada vidas passadas e atuais de uma personagem. Bom de ler na praia, sem compromisso. Estou relendo (e adorando mais uma vez!) "Dom Casmurro " de Machado de Assis - já reli "A mão e a luva" e "Helena", este último me emplogou  muito, pois não lembrava do final. Textos de primeira, escritor dos meus preferidos. Também estou relendo (desde Dezembro) "Pride and Prejudice" - Jane Austen em inglês. Li em português e adorei, agora releio com calma, para entender o que está escrito em inglês. Já conheço o enredo.
Outro livro que comecei e já está adiantado é "A ótica cósmica do espiritismo" de meu querido amigo-irmão Paulo Gustavo Tavares. Livro esclarecedor para quem quer entender melhor a visão da pluralidade dos mundos.
Do primeiro livro que citei acima, retirei um trecho que destaco, como pensamento do dia:
"...ninguém tem que sofrer. Basta se colocar disponível para a vida que ela se encarrega de nos mostrar o caminho certo. Não resista, desarme-se e entregue-se ao seu destino. Fica difícil e cansativo caminhar contra a força do vento... "

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Poetar

Vamos poetar um pouco,
Falar de como éramos um dia
E noutro somos nós mesmos do mesmo modo.
A não ser alguns fios brancos, 
Algumas linhas que marcam
A face,
A força,
O corpo.
Poetar, o poeta que poesia faz,
Que nos convida a pensar, pairar,
Pisar nas nuvens
E cair bem devagar 
No caminho. 
Onde foi que tudo começou? 
Cadê aquela que eu fui um dia?
Que você conheceu, gostou
E amigo ficou?
Está aqui, atrás desta que se esconde
Do tempo, da distância, dos dias que passam
E nos levam amigos
E os trazem de volta.
Qual uma onda, que leva o barco
E à praia o traz, levitando, boiando.
Poetas sonham, mas não são mais realistas do que os reais. 
Pensam no que dizem, para que tudo seja verdade
Vivida, sentida, levada num choro e trazida num riso.
Poetando, rimando, seja prosa, seja verso
Reverso do que pensou e não quis escrever.
Nem sei, saem assim as palavras 
Faladas, cantadas, ditas, sem medo, nem peso.
Leves, para você, que vai ler e pensar
Ou talvez, viajar, mergulhar, acompanhar
O meu jeito de te dizer como eu sinto o meu viver.
E aí está: poesia, poetada para um poeta que me entende.
Poetar, poemas para enfeitar e acrescentar sentido à vida. 
A vida, vivida nas linhas deste poema, poetado e pensado
Enquanto penso em você.

Estas são algumas linhas que eu escrevi e publico para quem quiser ler.














Para começar, um poema de W.B.Yeats, 1865 - 1939

Quando ficares velha

Quando ficares velha e, grisalha e sonolenta,
Cochilares junto ao fogo, pega este livro
E lê devagar, sonhando com a meiguice
Que outrora tinhas no olhar, agora entristecido.

Muitos amaram teus momentos de graça e alegria
E à tua beleza dedicaram amor sincero ou falso.
Mas só um amou a tua alma peregrina,
Amou os pesares que teu rosto marcaram.

Inclinando-te ao lado da grade incandescente,
Lamenta, com um pouco de tristeza, a fuga do Amor
Que foi para o alto da montanha
E, entre as estrelas, o rosto escondeu.